quinta-feira, 2 de abril de 2009

Mês de março para ser esquecido no Senado

Por: Leonardo Neves (Brasil)

Denúncias tomaram conta dos noticiários no mês de março, a capital federal acompanhou mais uma “avalanche” de escândalos que abalaram o Senado brasileiro. Dentre as que mais chamaram a atenção estão as dos diretores remunerados e a operação da Policia Federal chamada “Castelo de Areia”.

Logo no início do mês denúncias de que havia 181 cargos de direção remunerados, mais de dois para cada senador, levaram a uma auditoria interna que causou a eliminação de mais de 50 cargos e o afastamento de todos os diretores do senado.


Alguns cargos chegaram a chamar a atenção pela duvidosa função e localização, casos como de uma que funcionava no subsolo de um prédio de apartamentos funcionais, era o gabinete de Elias Lyra Brandão, diretor de Coordenação Administrativa de Residências (Coaro), porém ficou conhecido como “diretor de garagem”. Em outro caso o Senado tinha uma diretoria em pleno aeroporto de Brasília, a Coordenação de Apoio Aeroportuário, ocupada por Francisco Carlos Melo Farias, o “diretor de check-in”.


O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), admitiu o excesso na quantidade de diretorias, porém em uma postura defensiva tentou argumentar um possível exagero nas denúncias: “Estamos sendo o boi de piranha”, disse Sarney. “Estão se discutindo pequenas coisas”, completou o peemedebista
(Assista ao vídeo com as declarações). Os acontecimentos e as declarações do presidente do Senado tornaram-se prato cheio para toda a imprensa, comentaristas e analistas políticos foram a frente da televisão e opinaram a respeito dos recentes escândalos (Assista ao vídeo de Alexandre Garcia e Arnaldo Jabour).

Outro grande escândalo que causou perplexo na sociedade brasileira, foi a operação “Castelo de Areia” na qual a PF, cumpriu mandados de busca e apreensão e efetuaram prisões na construtora Camargo Corrêa, uma das mais conhecidas do país, o relatório da PF indica que mais de R$80 Milhões foram repassados de forma ilegal a parlamentares dos seguintes partidos: PSDB, DEM, PPS, PSB, PDT e PP.


Todos os partidos negaram envolvimento, mas informaram que vão começar investigações internas para tentar descobrir algo que possa ajudar a PF.


Saiba Mais:
- Com Sarney, Senado mergulha na maior crise de sua história
.
- Entenda o escândalo dos cargos e benesses do Senado.
- Investigações apontam que Camargo Corrêa fez doações ilegais a sete partidos.
-
PPS protocola pedido para ter acesso à investigação da PF sobre Camargo Corrêa.

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