Por Juliana Farias (Brasil)
A promessa de uma nova estrutura para o Senado ainda não saiu do papel. Mesmo após a determinação do afastamento de diretores da Casa, como anunciado há duas semanas, José Sarney, presidente do Senado, ainda não exonerou ninguém. Nem mesmo os 50 nomes divulgados na última sexta-feira, cujos cargos são comissionados e sem concurso, foram afastados de seus cargos.
O secretário-geral do Senado, Alexandre Gazzineo, informou que existem hoje diretores ganhando muito acima do teto, chegando a salários de até R$ 35 mil. De acordo com o próprio secretário, a legislação permite incorporações.
Embora não seja isso que os números mostrem, o senador Heráclito Fortes, do DEM-PI, afirmou que o Senado tem apenas 38 diretorias que funcionam e que a redução dessas diretorias afetará diretamente nos gastos da Casa, podendo economizar aproximadamente R$ 1 milhão. Disse também que a intenção desses cortes é chegar a apenas 14 o número de diretorias.
Porém, essa reestruturação prevê criação de cargos extintos, como anunciado no próprio Senado. A idéia é recriar a “remuneração de chefia”, que existia no passado, mas foi extinta na gestão de Agaciel Maia, ex-diretor da Casa. Essa extinção, entretanto, resultou nas duas centenas de secretarias e subsecretarias. Ou seja, um ciclo.
Segundo um diretor do Senado, essa “mudança” garante o bom funcionamento de áreas técnicas importantes e ameniza a revolta dos funcionários demitidos. Para a nação, Heráclito anuncia que os cortes começaram esta semana, em grupos menores, e disse também que o assunto será discutido na reunião da Mesa diretora. É esperar para ver.
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Além de Sarney, o povo brasileiro está prestes a ver mais um momento antigo da nossa política vir à tona: a recriação da "remuneração de chefia", extinta há mais de 10 anos. Em meio a crise econômica mundial, o que o brasileiro espera do Senado Federal?
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