sexta-feira, 29 de maio de 2009

A polêmica do fim meia entrada

Por : Morgana Valim (Opinião)
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No final de 2008 o Senado Federal aprovou um projeto de lei que visa restringir o direito à meia-entrada em cinemas, teatros, estádios de futebol, casas de show, etc.

O projeto de lei está agora tramitando na Câmara dos Deputados em caráter de urgência. Assim que for aprovado, será necessária apenas a assinatura do presidente Lula para que entre em vigor esse que será um grande ataque à juventude brasileira e a um direito conquistado pelo movimento estudantil na década de 40.

O projeto consiste em restringir a 40% a quantidade de ingressos vendidos pela metade do preço (a estudantes e idosos) em todos os estabelecimentos culturais. Assim, se, por exemplo, uma sala de cinema tem 100 lugares, só 40 poderão ser vendidos por meia. Depois de uma árdua disputa entre estudantes e idosos pelos lugares, muitos ficarão de fora, e terão que pagar inteira ou desistir do programa. No entanto, se reduzir a 40% já vai nos prejudicar muito, é fácil perceber que o problema, na prática, vai ser ainda maior, pois ficaremos à mercê dos interesses dos donos dos estabelecimentos, e nada garante que eles vão de fato respeitar essa cota.

Além disso, o projeto contém outros pontos, todos no sentido da restrição do direito. Um deles libera os estabelecimentos da obrigatoriedade da venda de meia-entrada de todos os tipos de ingresso. Áreas ou cadeiras especiais, por exemplo, não estão incluídas na lei e não será obrigatória a venda de meia-entrada para elas. Brechas como essa abre precedentes para uma perda ainda maior de nosso direito.

O projeto, portanto, além de restringir o direito à meia-entrada, dificulta também a forma com que os estudantes e idosos têm acesso a esse direito. Já deu para ver que se aprovada, essa lei vai afetar duramente a sociedade brasileira. Hoje, já não é fácil poder freqüentar os eventos culturais em nenhum local do país. Os ingressos são sempre caros demais, e mesmo a meia-entrada é muitas vezes inacessível. A cultura se transforma cada vez mais em instrumento das empresas para ganhar dinheiro. Não há espaço nem incentivo para a juventude se expressar culturalmente de forma independente dos interesses do mercado. Assim como na difusão da cultura, a sua própria criação encontra-se na mão do empresariado. É a mercantilização de algo que deveria servir para a livre expressão de nossos sentimentos, anseios e reflexões. Agora então, uma parcela maior ainda dos jovens vai ser totalmente excluída desses espaços.

Se a cultura é hoje quase sempre regida pelos interesses do mercado, em um período de crise econômica os empresários do entretenimento estão mais ávidos que nunca em acabar com nosso direito à meia-entrada, para continuar lucrando mais e mais. Assim, atuam com seus lobbys no congresso para desferir mais esse ataque. Querem que a juventude pague por uma crise que ela não criou.

Frente a essa situação, cabe ressaltar a postura lamentável que vem tendo a União Nacional dos Estudantes. A entidade, apesar de ter se declarado contra a restrição dos 40%, esteve presente em toda a negociação do projeto. Seu objetivo é recuperar o monopólio sobre a emissão das carteirinhas, atividade que rende muito dinheiro à entidade. Esteve afastada das principais lutas estudantis dos últimos períodos, perdeu toda e qualquer independência em relação ao governo, e agora quer ganhar dinheiro em cima de nosso direito.

Determinados grupos de pessoas, como os estudantes e idosos tem o direito de pagar a meia entrada? Vote aqui
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( ) Sim. Obter lucros em detrimento do direito dos estudantes e idosos é uma prática abusiva.


( ) Não. Muitos estudantes e idosos burlam a Lei e falsificam carteirinhas para pagar meia entrada.
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Fórum :

Organizar passeatas pela efetivação da meia-entrada e por boicotes a compra dos ingressos farão as empresas de eventos cumprir a lei ?. Opine aqui :


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Fim das cotas nas universidades fluminenses causa polêmica

Por: Renata Pereira (opinião)
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jjjjjjjjNa última segunda-feira, 25, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro decretou o fim das cotas nas universidades do Estado. A lei que garantia o acesso de estudantes de baixa renda, além de negros e pardos às Universidades Uerj, Uenf e Uezo, foi suspensa por causa de uma liminar proposta pelo deputado Flávio Nantes Bolsonaro (PP) que classificou a lei como o próprio ato de discriminação. Para o deputado, além de ser discriminatória, a lei não atende aos seus objetivos.
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jjjjjjjjEm uma sociedade onde as realidades são tão distintas, onde de um lado está uma pessoa que possui um bom orçamento familiar, e de outro, alguém que tem que trabalhar desde criança para poder comer, fica difícil estabelecer onde está a discriminação. Se por um lado, quem tem posses, se sente discriminado por ter sua vaga “roubada” por um cotista; o que falar de um alguém que não tem dinheiro pra nada, que nunca estudou em bons colégios e nem tem condições de bancar um curso pré-vestibular? E quando digo alguém, é alguém mesmo, pois esta pessoa, para o governo, não tem nome, número, senha e nem comprovante de existência. O governo há muito tempo vem se descuidando dos menos favorecidos. E isso não é descriminação?
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jjjjjjjjClaro que também não podemos colocar toda a responsabilidade de acabar com as desigualdades me cima de uma lei que prevê cotas, entretanto, não se pode acabar com ela da noite para o dia, pois muitos dependiam dela para ingressar nas universidades.
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jjjjjjjjO que deve de fato acontecer, é mudar o discurso de que a própria lei é discriminatória. Ora, o que no Brasil não é discriminatório? É claro que mudanças mais eficazes têm que acontecer para tentar suprir certas dificuldades e desigualdades, o que não se pode é simplesmente tirar da parcela da população menos favorecida, a única chance que se tinha para continuar os estudos. Antes de suspender um lei desse porte, se deveria ter outro projeto em mente para suprir as necessidades que a falta desta lei com certeza provocará. Será que o governo do Rio de Janeiro e até mesmo do Brasil têm algum projeto para substituir a lei das cotas? Com certeza, não existe nenhum, nem mesmo na gaveta! Sai caro investir na educação e para os governantes talvez, isso seja supérfluo.
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jjjjjjjjTemos que parar de demagogia e pararmos par pensar que muitos brasileiros dependem de pequenos artifícios para alcançar o que deveria ser de direito de todos. Muitos afirmam que a lei é anticonstitucional, porém a meu ver, o que passa longe da constituição, é o governo não cumprir com os deveres básicos que possui. Será que todos os brasileiros possuem trabalho, saúde básica, casa própria, estudo de qualidade e saneamento básico? E isso não é inconstitucional? A população paga verdadeiros absurdos de impostos e não recebem retorno. Isso sim é anticonstitucional.
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jjjjjjjjO máximo que o governo está fazendo, é entrar na justiça com o pedido de revogação da liminar, para assegurar os direitos dos alunos. Mas isso basta? Momentaneamente sim! Mas e ano que vem? E no outro? A história será sempre a mesma!. O governo precisa agir de verdade e governar com qualidade seus cidadãos.
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jjjjjjjjO sistema de cotas sempre foi polêmico, principalmente devido ao número de vagas que era reservado para esse setor: 20% das vagas para alunos de escola pública, 20% para indígenas ou negros e 5% para pessoas com deficiência física. Sendo assim, 45% das vagas eram reservadas para os cotistas. É um percentual alto? É! Mas qual é mesmo a porcentagem da população menos favorecida do Brasil? Sem contar que quem possui condições financeiras, pode pagar uma universidade particular.
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jjjjjjjjÉ claro que as cotas não vão resolver o problema da desigualdade brasileira, porém enquanto uma solução definitiva não vem, é preciso que se tenha alternativas que reduzam o impacto dessas desigualdades. A lei de cotas, nada mais é do que uma solução de emergência. Entretanto, não cabe sua retirada, antes que outro projeto mais qualificado exista. Para se combater efetivamente as discrepâncias sociais é preciso que aja uma reestruturação do ensino público. Só assim, as desigualdades diminuiriam e a lei não teria mais motivos para existir.
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Saiba mais:
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Enquete:
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O que você pensa sobre a lei das cotas nas universidades do Rio de janeiro? Vote aqui.
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( ) É um absurdo! Essa lei atrapalha quem estuda e não consegue entrar na faculdade por causa da grande porcentagem de cotas destinadas aos estudantes de escolas públicas, negros, pardos e indígenas.
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( ) Está totalmente equivocada. A própria lei é um ato discriminatório.
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( ) Eu concordo! Mesmo como uma solução emergencial, a lei permite que todos, sem diferença de classes, poder aquisitivo ou escolaridade, possam freqüentar a universidade, que é um direito de todos.
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Fórum:
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Você acredita que a suspensão da lei das cotas nas universidades do Rio é uma boa solução? Opine aqui.

Fim das cotas nas universidades do Rio de Janeiro: o início do bom senso.

Por Hugo Leonardo Gaspar (opinião)

A Lei Estadual 5.346 de autoria da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro tem por finalidade assegurar a seleção e classificação final nos exames vestibulares aos estudantes carentes. Devem ser reservadas 20% das vagas para negros e indígenas e outros 20 % para estudantes vindos da rede pública. Os demais têm 5% das vagas como cota. Porém, numa decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a lei foi derrubada 16 votos a favor e 3 votos contra dos desembargadores e começa a valer a partir do vestibular deste ano. Os reitores das universidades apoiados pelo Governador Sergio Cabral vão recorrer da sentença.

Derrubar essa lei significou uma importante forma de colocar ordem na forma de ingressar em uma universidade pública Estadual. Do total de vagas, 45% pertenciam aos alunos detentores de cotas, enquanto os outros que estudaram por muito tempo precisam se esforçar ainda mais com as poucas vagas que restam. Muitos defendem as cotas alegando que existe uma dívida social com as classes minoritárias e negros desse país devido ao período da escravidão, mas não entendo o motivo de voltar tanto no passado por um motivo como este. Nada mais é que uma desculpa pífia para que mais uma vez seja criada outra forma discriminatória. E o mais estranho é que os próprios negros se orgulham de dizer que tiveram uma educação rídícula, que entraram numa universidade por cotas, ou seja, os próprios cotistas fazem com que o preconceito aumente ainda mais.

O deputado Estadual Flávio Bolsonaro (PP-RJ), defendeu a decisão do tribunal de justiça do Rio, alegando que o sistema de cotas cria mais vínculos racistas, e com isso estariam por criar situações de mal estar entre alunos cotistas e vestibulandos. Essa diferença social ainda seria, segundo Bolsonaro, mais uma barreira na hora de procurar emprego, e poderiam ser discriminados.

O deputado agiu de forma brilhante na defesa do fim do sistema de cotas. Foi a única forma de colocar justiça novamente no vestibular das universidades estaduais do Rio de Janeiro. Não importa a cor da pele ou condição social, todos têm que ter direitos iguais na hora de ingressar no vestibular. Não seria essa uma forma de melhorar o ensino público de modo que os alunos concorram com outros da rede particular em condições iguais?

Saiba mais:

Movimento pede fim das cotas raciais no Brasil

Estado recorre para manter cotas nas universidades

Enquete:
Você acha que o sistema de cotas deve ser mantido? Vote aqui

( ) Sim, nem todos tem as mesmas oportunidades de estudo e deve ser facilitado o ingresso desses alunos as universidades.

( ) Não, as cotas criam mais vincúlos para existência de racismo entre os alunos que entram por cotas e os outros que entram normalmente por vestibular.

Fórum:
Os reitores de universidades estaduais e o Governador sergio Cabral estão certos em recorrer da decisão do Tribunal de Justiça? Opine aqui

O fim do acesso ao ensino superior pelo sistema de cotas

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Por Morgana Valim (Opinião)
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Adotar o sistema de cotas para negros e carentes nas universidades federais foi a maneira encontrada para remendar o descaso de 500 anos de diferenças sociais e raciais que assolam o país e tantos outros anos sem investimento em educação. No entanto, vejo que essa decisão está gerando polêmicas, como era de se esperar, e já são várias as ações movidas na justiça por quem se sente prejudicado por essa medida.

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Longe de criticar medidas que combatam o racismo e a discriminação social, entendo que essa questão deva ser analisada de forma séria e medidas devem ser efetivas, sem causar danos ou prejuízos e não ser discriminatória como a proposta apresentada. Afinal, um aluno que estude e se esforce para entrar numa universidade – chamada de primeira linha - e tenha um bom desempenho no vestibular pode não ser classificado pelo critério raça e situação social.

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O governo ou os governos que passaram deveriam ter buscado investir em qualidade de ensino através da construção de novas escolas, ampliação e manutenção das escolas existentes e de recursos para que professores pudessem e possam desenvolver seu trabalho com qualidade e dignidade.

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Agindo da forma como está, ataca-se o efeito e não a causa. Deveria haver condições para que todos os estudantes disputassem vagas em melhores condições de igualdade, assim como deveria haver condições para que todos tivessem um emprego ou, no mínimo, um prato de comida e qualidade de vida digna de qualquer ser humano.

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Saiba mais :o

Acesso a cotas e discriminação social

A educação e o sistema de cotas

As ações afirmativas no Brasil

Enquete :

Entre nossos cidadãos as diferenças de renda, com tudo que vem associado a elas, e não de cor, que limitam o acesso ao ensino superior. As cotas raciais não promovem a igualdade, mas apenas acentuam desigualdades prévias. Opine aqui :

Fórum :

A política de cotas nas universidades soluciona ou acirra os debates raciais?

( ) Sim. As desigualdades históricas enfrentadas pelos negros merece reparação.

( ) Não. Os critérios de acesso à educação devem ser iguais para todos independente de raça.

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Igualdade : Fim da lei de cotas nas universidades fluminenses

Por Gabriel Lira (Opinião)

O fim da lei de cotas nas Universidades Fluminenses me alegra, ao ponto de sempre enxergar em nela um sentindo de segregação. A lei que visava ajudar brancos e negros, por uma educação melhor no país, seguiu um caminho totalmente diferente do objetivo traçado e foi fortalecendo, cada vez mais, a discriminação em várias e diversas formas possíveis e dentre uma das piores e imperdoáveis é o racismo.

O sistema de cotas nas universidades foi alvo de muitos debates polêmicos, tanto é que até hoje uma grande parte da população fluminense continua em cima do muro, claro que existem pessoas com posicionamentos já definidos sobre a situação, mas tanto faz se você é contra ou a favor, isso só acaba gerando mais controvérsias e brincadeiras de mal gosto.

O governo deveria dar uma atenção especial a educação, em termos de capacitar melhor alunos e professores, oferecer melhores condições de trabalho aos mestres, valorizar a leitura e começar desde cedo a instruir jovens a praticarem atividades que no futuro possam a ser profissões, ao invés de ficar criando cotas ou outros tipos de lei que ajudam socializar jovens de diversas classes, porém acabam por criar situações constrangedoras .

Em Suma, ratifico que existe injustiça nesse tipo de lei, pois ela facilita a entrada do jovem cotista em uma universidade, tirando a vaga de uma pessoa que se esforçou bastante e sem cota, criando ira entre os jovens, acirrando o preconceito, além de achar que o critério de notas não seja igualitário, fazendo com que essas pessoas que receberam cotas, sejam vistas como menos capazes, dificultando mais tarde no mercado de trabalho, não só cotistas como negros que ingressaram na universidade sem cotas.

Saiba mais :
- Suspensão da lei de cotas pode mudar vestibular estaduais
- Cabral recebe lideranças estudantis pela lei de cotas
- Governo vai entrar com recurso contra liminar que suspende lei de cotas

Enquete : VOTE AQUI !!
Você acha correto o ingresso de alunos numa universidade, por sistemas de cotas ?

( ) Sim. Pois precisamos melhorar o futuro dos jovens e a posição do governo foi acertada, dando oportunidades de receberem uma educação correta e digna.

( ) Não. Pois devia ser igual para todos, já que muitos jovens se esforçam para conseguir uma vaga, além de criar uma imagem aos cotistas de serem menos capacitados e gerar mais preconceitos bobos na sociedade.

Fórum : Opine aqui !!
O que você acha da lei de cotas nas universidades ?, você é a favor do fim desse tipo de sistema ? por que ?

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Jornalismo colaborativo é Jornalismo?

Por: Melissa Barbosa (opinião)
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Nos dias atuais é correto afirmar que vivemos em uma sociedade da informação. Exatamente por isso cidadãos comuns, mais conhecidos como espectadores pelos meios detentores da informação, estão aos poucos buscando o direito de também fornecer informação e não somente receber. Com isso um novo tipo de jornalismo está surgindo, o chamado Jornalismo colaborativo – conteúdo (texto, foto, vídeo) produzido por qualquer pessoa que tenha algo a informar.
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Essa nova forma de fazer o jornalismo vem sendo debatida por diversos críticos que acham que isso de alguma forma desmerece quem estuda anos para se dedicar a profissão e tem trabalho de investigar, apurar, escutar fontes para aí sim divulgar uma notícia.
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Por outro lado, essa nova prática está se tornando cada vez mais comum, diversas rádios, sites, jornais estão utilizando esse método para levar ao grande publico o que nem sempre seria mostrado se não houvesse a participação de todos. Afinal de contas, o repórter não está em todo lugar a todo o momento.
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Hoje sabemos de muitos fatos que podem nos ajudar através dessa nova forma de transmissão da notícia. Um exemplo claro disso, podemos achar no site do Jornal O Globo, na sessão Eu Repórter. Lá aqueles que querem fazer suas denúncias, suas reclamações, suas sugestões, encontram espaço. Uns utilizam essa sessão para enviar, por exemplo, fotos que denunciam acidentes na zona sul. Outros pedem para que o governo chegue com o Choque de Ordem na Zona Norte. Alguns informam a respeito de incêndio que destrói mata em Quintino. Enfim, cada um colabora a sua maneira.
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Redes sociais como fontes de informação

Por: Renata Pereira (opinião)
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jjjjjjjjUma das práticas que mais vem acontecendo nos dias de hoje, é a utilização das redes sociais, a exemplo do Orkut e Twitter, como fontes de informações. Através da internet, as redes sociais começaram a funcionar cada vez mais recorrentes como uma rede de informações. Diversas informações circulam no ciberespaço e através das redes sociais, as informações se tornam visíveis e acessadas.
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jjjjjjjjCom a ampliação das conexões entre os atores nas redes sociais, principalmente pela Internet, que proporcionou um canal que está sempre aberto para o tráfego de informações, a discussão sobre as redes sociais como fontes de informação inevitavelmente surgiu.
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jjjjjjjjA rede proporciona uma imensa quantidade de informações disponíveis e acessíveis, que correm pelo ciberespaço. E a primeira discussão parte exatamente daí; será que a internet pode ser considerada um meio qualificado de informação? É claro que existe uma falta de organização e hierarquização com relação às informações da internet, mas é a partir disso, que as redes socias funcionam. Elas atuam como filtros de informações, no sentido de auxiliar na organização dessas informações. Nichos de pessoas interessadas em determinados assuntos vão produzir informações relevantes, detalhadas e novas. Esses atores filtram as informações do ciberespaço e as publica.
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jjjjjjjjO papel das redes sociais vai ainda mais longe; além de filtrar, ela qualifica, complementa e discute. Uma informação que é passada no Twitter, por exemplo, raramente é posta sem uma qualificação, um julgamento de valor ou observação daquele que a passa.
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jjjjjjjjUm dos grandes questionamentos que permeia esta nova tendência é, justamente, seu impacto na mídia tradicional e no jornalismo. Muitos se questionam se é relevante levar em consideração as informações retiradas das redes sócias. Ora, por que não? Como toda e qualquer informação conseguida, ela deve ser apurada e investigada, seja ela na rua, por telefone ou através das redes sociais. E isso, de fato, vem acontecendo. Muitos são os profissionais que estão utilizando as redes sociais para a obtenção de informações, e até mesmo para a investigação de pessoas. Quer melhor maneira de investigar intimamente alguém, do que se não através do Orkut? Até a polícia já está utilizando esse artifício.
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jjjjjjjjOutro ramo que também utiliza as redes sociais como fontes, são as empresas e a publicidade. Elas utilizam as redes para captar informações sobre públicos, gostos e opiniões. Em uma pesquisa já realizada sobre o papel dos blogs e comunidades on-line, pelo Ibope Inteligência, foi detectado que as redes sociais podem ser uma fonte de informação sobre o relacionamento entre marcas e seus consumidores.
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jjjjjjjjSeria um equívoco afirmar eu as redes sociais não podem atuar como fontes de informação, ao contrário, em meio ao turbilhão de informações que existe no mundo virtual, elas surgem como verdadeiros filtros. Portanto, mais do que um tendência, as redes sociais como fontes de informação já se tornaram um fato.

O jornalismo da seção Eu-repórter do site O Globo

Por: Renata Pereira (opinião)
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jjjjjjjjNovas maneiras de produção de conteúdo estão ganhando espaço no mundo atual; uma delas é o jornalismo cidadão ou como é mais conhecido, jornalismo colaborativo. Diversos portais da internet, e até mesmo jornais e programas de televisão estão aderindo a essa nova tendência. Diversos deles possuem uma sessão destinada exclusivamente para a colaboração do cidadão no que diz respeito aos acontecimentos, geralmente relacionados à cidade onde moram.
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jjjjjjjjMuitos ainda se mostram duvidosos com relação a essa nova prática. Será isso jornalismo? Muitas críticos afirmam que não e que isso banaliza, outros, consideram que essa é a nova tendência do jornalismo. Mas porque duvidar do jornalismo colaborativo? Ele surgiu devido às novas necessidades que o mundo contemporâneo possui. Se pararmos para analisar, mais do que jornalismo e uma intenção desse novo jornalismo, o jornalismo colaborativo vem se apresentando como uma forma de democratizar o que até então estava restrito às escolhas dos profissionais; a democratização da informação.
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jjjjjjjjMuitos são os meios de comunicação que estão aderindo a essa prática. Claro que no meio desse alvoroço, muitos meios acabam publicando sem averiguar os fatos. Porém não se pode dizer que todos seguem esse caminho. Existem por exemplo portais que levam o jornalismo colaborativo a sério. Um deles é o site O Globo e sua seção Eu-repórter.
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jjjjjjjjO site do jornal O Globo talvez seja o que mais recebe colaborações de matérias ou fotos da população.
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jjjjjjjjNão se pode pensar então, que tudo que é enviado à redação do site, será publicado no mesmo. Devido ao número de envios feitos pelos colaboradores, o moderador do site, com certeza deve peneirar ao máximo o que deve ou não entrar no ar. Dessa forma, o que vimos, quando entramos na seção Eu-repórter do site O Globo, é uma verdadeira colaboração de jornalismo. A população que está presente em lugares e em horas que os repórteres não conseguem estar, pelo fato do Brasil ser muito grande para uma cobertura jornalística perfeita em todos os momentos e locais, a população colabora fazendo sua parte; denunciam, mostram irregularidades ou acontecimentos inusitados, pedem, e mais, se comportam como verdadeiros membros de uma nação que buscam a melhoria do país.
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jjjjjjjjExemplos concretos de jornalismo são encontrados na seção Eu-repórter . Uma amostra disso, é a foto enviada pelo leitor, no qual flagra um motoqueiro utilizando a linha amarela, no Rio de Janeiro, como se fosse uma pista de rua. O leitor e colaborador Flavio Pereira denuncia esse ato de irresponsabilidade dos moto-táxis que utilizam as passarelas como viadutos. Outra denúncia feita na seção, são os estacionamentos irregulares feitos pelos motoristas. Seja no calçadão do Arpoador, ou em frente ao Maracanã, internautas mostram as irregularidades cometidas pela própria população.
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jjjjjjjjAté acidentes são expostos, como o que aconteceu em Ipanema, onde um táxi colidiu com um Eco Sport, na esquina das ruas Anibal de Mendonça e Redentor, enviado pelo leitor Lourenço Bicudo.
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jjjjjjjjOutra denúncia do Eu-repórter, feita pelo José Dantas Lima, é sobre uma árvore na Vila Isabel que está encostada na rede elétrica e que já provocou curto-circuito e fogo.
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jjjjjjjjOutra colaboração feita pelos internautas que deve ser encarada como jornalismo, mas desta vez, não no estilo de denuncia, mas apenas de testemunhar um acontecimento, o que não deixa de ser jornalismo, é o exemplo do leitor que enviou uma foto de um vulcão em erupção, na Ilha Lombok, na Indonésia.
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jjjjjjjjComo podemos ver e constatar, a seção do Eu-repórter do site O Globo, é um excelente modelo de jornalismo colaborativo feito exclusivamente pelo povo. Internautas se comportam como verdadeiros jornalistas divulgando praticamente me tempo real, tudo que os repórteres profissionais não puderam mostrar. Dessa maneira, o jornalismo colaborativo deve ser encarado como um aliado ao jornalismo profissional,e não como uma ameaça.