Por Hugo Leonardo Gaspar (opinião)
A Lei Estadual 5.346 de autoria da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro tem por finalidade assegurar a seleção e classificação final nos exames vestibulares aos estudantes carentes. Devem ser reservadas 20% das vagas para negros e indígenas e outros 20 % para estudantes vindos da rede pública. Os demais têm 5% das vagas como cota. Porém, numa decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a lei foi derrubada 16 votos a favor e 3 votos contra dos desembargadores e começa a valer a partir do vestibular deste ano. Os reitores das universidades apoiados pelo Governador Sergio Cabral vão recorrer da sentença.
Derrubar essa lei significou uma importante forma de colocar ordem na forma de ingressar em uma universidade pública Estadual. Do total de vagas, 45% pertenciam aos alunos detentores de cotas, enquanto os outros que estudaram por muito tempo precisam se esforçar ainda mais com as poucas vagas que restam. Muitos defendem as cotas alegando que existe uma dívida social com as classes minoritárias e negros desse país devido ao período da escravidão, mas não entendo o motivo de voltar tanto no passado por um motivo como este. Nada mais é que uma desculpa pífia para que mais uma vez seja criada outra forma discriminatória. E o mais estranho é que os próprios negros se orgulham de dizer que tiveram uma educação rídícula, que entraram numa universidade por cotas, ou seja, os próprios cotistas fazem com que o preconceito aumente ainda mais.
O deputado Estadual Flávio Bolsonaro (PP-RJ), defendeu a decisão do tribunal de justiça do Rio, alegando que o sistema de cotas cria mais vínculos racistas, e com isso estariam por criar situações de mal estar entre alunos cotistas e vestibulandos. Essa diferença social ainda seria, segundo Bolsonaro, mais uma barreira na hora de procurar emprego, e poderiam ser discriminados.
O deputado agiu de forma brilhante na defesa do fim do sistema de cotas. Foi a única forma de colocar justiça novamente no vestibular das universidades estaduais do Rio de Janeiro. Não importa a cor da pele ou condição social, todos têm que ter direitos iguais na hora de ingressar no vestibular. Não seria essa uma forma de melhorar o ensino público de modo que os alunos concorram com outros da rede particular em condições iguais?
Saiba mais:
Movimento pede fim das cotas raciais no Brasil
Estado recorre para manter cotas nas universidades
Enquete:
Você acha que o sistema de cotas deve ser mantido? Vote aqui
( ) Sim, nem todos tem as mesmas oportunidades de estudo e deve ser facilitado o ingresso desses alunos as universidades.
( ) Não, as cotas criam mais vincúlos para existência de racismo entre os alunos que entram por cotas e os outros que entram normalmente por vestibular.
Fórum:
Os reitores de universidades estaduais e o Governador sergio Cabral estão certos em recorrer da decisão do Tribunal de Justiça? Opine aqui
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário