sexta-feira, 13 de março de 2009

Coréia do Norte anuncia lançamento de satélite de comunicações e cria tensão com o governo japonês

Por Brisa Campos (Mundo)

O governo da Coreia do Norte informou na quinta-feira (12 de março) às Organizações das Nações Unidas (ONU) que irá lançar em abril um satélite com a intenção de sobrevoar o Japão. O teste deve acontecer entre os dias 4 e 8. O Japão foi o primeiro país a reagir e invoca o Conselho de Segurança da ONU para impedir o lançamento. A China e os Estados Unidos se colocaram contra e a Rússia avisou que irá vigiar com seu sistema de segurança a trajetória do artefato.
Segundo os planos coreanos, o satélite deverá cair no Oceano Pacífico, entre o Japão e o Havaí. O governo norte-coreano informou que enfrentará "contramedidas" do Conselho de Segurança das Nações Unidas para concretizar o lançamento. A ONU afirmou hoje que a ação é uma ameaça à paz.
O primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, exigiu que a Coreia do Norte abandone seus planos de lançar um foguete, ainda que se trate de um satélite.
- Não importa o que assegure, ainda que seja um satélite, será uma infração descarada da Resolução 1718 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, disse Aso.
O primeiro-ministro afirmou que o "Japão deverá protestar de maneira severa perante a ONU e exigir o cancelamento" do lançamento.
Já o ministro de Assuntos Exteriores japonês, Hirofumi Nakasone, disse que o Japão, os Estados Unidos e o Reino Unido não acreditam que a Coreia vá levar adiante esta promessa de lançamento, mas reiterou que o Conselho de Segurança da ONU deve se reunir caso ele ocorra.
- A resolução proíbe à Coreia do Norte atividades com qualquer tipo de mísseis balísticos, por isso consideramos que se trata de uma violação no aspecto técnico, inclusive se asseguram se tratar de um satélite, disse Nakasone.
Alguns analistas ocidentais afirma que o lançamento do satélite pode ser, na verdade, o teste de um um míssil de longo alcance. O secretário-geral da ONU, o sul-coreano Ban Ki-moon afirmou estar preocupado.
-Algo assim colocaria em risco a paz e a estabilidade da região, afirmou Ban, que antes de se transformar no principal representante das Nações Unidas foi ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul.

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( ) Não, o governo norte-coreano deveria dar mais explicações sobre o artefato e deixar o Japão acompanhar o teste

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Um comentário:

Renata disse...

Muito bom seu texto